CAMPANHA: DOAÇÃO DE LIVROS
PARA SALA DE LEITURA DE SUA ESCOLA
TITULO
Mediação
e Linguagem - Radionovela
“Trilha sonora-
Feche os olhos e ouça”
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ROTEIRO
ADAPTADO DE: (NOME DO CONTO/AUTOR/ETC)
Conto: O Jardim em
frente
Autor: Carlos
Drummond de Andrade
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TURMA/
ANO/SÉRIE:
Ana Cristina
1º C – Felipe 1º B – Guilherme César 1º B - Kelvin 2º A –Matheus Lima 1º B – Victor
2º B – João -2º C
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ESCOLA:
EE Profª Maria Cecília Ferraz de
Freitas
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PROFESSORA:
Célia Cristina
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PARTE 1- Pouco
do Autor (Biografia)
Este consagrado poeta brasileiro nasceu em
Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra,
um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.
Concretizou seus estudos em Belo
Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na imprensa.
Também trabalhou por vários anos como funcionário público.
Seus poemas abordam assuntos do dia a
dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas
obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além
das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.
Os principais temas retratados nas
poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência
humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra
natal.
Dentre suas obras poéticas mais
importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, Lição de Coisas, Fazendeiro do Ar, Novos Poemas entre outros,
Talentoso também na prosa tem suas
prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de
Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.
Na década de 1980 lançou as seguintes
obras: A Paixão Medida; Caso do Vestido; Corpo; Amar se aprende amando e
Poesia Errante.
Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de
Janeiro, no dia 17 de agosto de 1987 deixa marcas e caminhos traçados.
PARTE 2- Apresentação do livro (Capa do livro-imagem)
PARTE 3 – Conto
O jardim em frente
Os big shots da empresa estavam
reunidos em conferência. Assunto importante, desses que exigem atenção,
objetividade. O presidente recomendara:
- Não estamos para ninguém. Esta porta fica trancada. Avisem à telefonista que não atenda nenhum chamado. Nem do Papa. Começou-se por dividir o assunto em partes, como quem divide um leitão. Cada parte era examinada pelo direito e pelo avesso, avaliada, esquadrinhada, radiografada. Cartesianamente. - Você aí, quer fazer o favor de parar com essa caricatura?- O presidente não admitia alienação. Por sua vez, foi advertido pelo vice: - E você, meu caro, podia deixar de bater com esse lápis, toc, toc, toc, na mesa? Estavam tensos, à véspera de uma decisão que envolveria grandes interesses. Alguém bateu à porta. - Não respeitam! Não respeitam o trabalho da gente! Isso não é país! - Seja ou não seja país, quando batem à porta a solução é abrir, para evitar novas batidas, ou, mesmo, que a porta venha abaixo. Pois ninguém deixa de bater, e sabe que tem gente do outro lado. O diretor secretário abriu, de óculos fuzilantes. O chefe da portaria, cheio de dedos, balbuciou: - Essa senhora... essa senhora aí. Veio pedir uma coisa. O primeiro impulso do diretor secretário foi demitir imediatamente o chefe da portaria, servidor antigo, conceituadíssimo, mas viu ao mesmo diante de si a imagem consternada do homem, e a lei trabalhista: duas razões de clemência. Pensou ainda em mandar a senhora àquele lugar de Roberto Carlos, ou a outro pior. Dominou-se: ela ostentava no rosto aquela marca de tristeza, que amolece até diretoria. - A senhora me desculpe, mas estou tão ocupado. - Eu sei, eu é que peço desculpas. Estou perturbando, mas não tinha outro jeito. Moro do outro lado da rua, no edifício em frente. Meu canário... - Fugiu e entrou aqui no escritório? Eu mando pegar. Fique tranquila. - Antes tivesse fugido. Morreu. - E daí? - Viveu quinze anos conosco. Era uma graça... pousava no dedo... - E daí, minha senhora? - O senhor vai estranhar meu pedido? Eu estava sem coragem de vir aqui. Por favor, não ria de mim. - Não estou rindo. Pode falar. - Os senhores tem um jardim tão lindo na cobertura. Da minha janela, fico apreciando. Então agora está uma coisa: posso fazer um pedido? - Pode. - Eu queria enterrar meu canário no seu jardim. Lá é que é lugar bom para ele descansar. O senhor vê, nós temos aquele terrenão ao lado do edifício, com três palmeiras, um pé de fruta-pão, mas é grande demais para um passarinho, falta intimidade. Se o senhor consente, eu mesma abro a covinha. Não dou o menor trabalho, não sujo nada. O diretor secretário esqueceu que tinha pressa, que havia um problema sério a discutir. Que problema? Naquele momento, o importante, o real era um canarinho morto, e amado. - Pois não, minha senhora, disponha do jardim. Eu mesmo vou levar a senhora lá em cima, para escolher o lugar. Subiram, escolheram o canteiro mais apropriado, onde bate o sol pela manhã, e à tarde as plantas balançam levemente, à brisa do mar. - Não é abuso eu fazer mais um pedido? Queria que o jardineiro não revolvesse a terra neste ponto, durante três meses. O tempo de os ossinhos dele se desfazerem... Volto daqui há meia hora para o enterro. Meia hora depois, voltava com uma caixinha forrada de veludo azul claro, e a reunião dos big shots, que ainda durava, foi suspensa para que todos, com o presidente muito compenetrado, assistissem ao sepultamento.
Carlos Drummond de Andrade
ANDRADE, Carlos Drummond. 70 Histórias:
O jardim em frente. 10ª edição. Rio de Janeiro,
2008.
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PARTE 4 –
Roteiro
TEMPO: 06:00
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CRÉDITOS/LOCUTORES
Profª Responsável: Célia Cristina
Ana Cristina 1º C – Mulher
Felipe 1º B – Porteiro
Guilherme César 1º B – Presidente e Editor
Kelvin 2º A – Narrador da biografia
Matheus Lima 1º B – Diretor secretário e Chefe
Victor 2º B – Narrador do Conto
João -2º C (Violinista- fundo musical)
EE PROF MARIA CECILIA FERRAZ DE FREITAS
SALA DE LEITURA
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